Dedicado ao estudo do comportamento humano, a economia comportamental é mais um campo da Economia, que se pauta nas áreas de Psicologia, Neurociência e Ciências Sociais. Seu objetivo é compreender, unicamente, o processo de decisão dos mais diferentes indivíduos, mas você já ouviu falar nesse termo antes? Ou, ainda, qual sua relação com o processo ou tomada de decisão de compras? Se sua resposta for não, então este artigo é para você!
Mais sobre o conceito
Em primeiro lugar, é necessário entender melhor, afinal, o conceito de economia comportamental. Em complemento ao que foi mencionado anteriormente, ela nada mais é que o campo de estudo sobre o comportamento humano frente decisões econômicas. Em outras palavras, a economia comportamental diz respeito à influência das emoções nas decisões econômicas de um indivíduo.
De maneira geral, Giovanni Cataldi Neto explica que a economia comportamental possui como características algumas justificativas de estudo, sendo elas a busca por soluções satisfatórias (duradouras ou não) dos indivíduos; o desejo pelo imediatismo, isto é, pela rapidez; a dificuldade de encontrar o equilíbrio entre aquilo que é objeto de interesse de curto e longo prazo, entre outros. Mas você já se perguntou quando ela surgiu?
Origem da economia comportamental
Uma coisa é fato, a economia clássica sempre tratou as pessoas como seres racionais em processos decisivos de compras, ou seja, para esse campo de estudo, um indivíduo só compraria e deveria comprar aquilo que realmente precisa. No entanto, como ressalta Giovanni Cataldi Neto, o fato é que isso não acontece na prática, afinal, o ser humano é feito de emoções e racionalidade.
Foi a partir do século XX, então, que a psicologia passou a integrar parte dos estudos econômicos, de modo que ambas as áreas passaram a interagir mais. Assim, nasceram os primeiros modelos de decisões econômicas advindas do comportamento mais realista dos indivíduos frente às mesmas.
Razão X Emoção
Após alguns estudos nesse campo do conhecimento, o renomado economista Giovanni Cataldi Neto explica que, em 2011, nasceu um estudo cuja proposta trouxe a relação entre dois processamentos cerebrais distintos, o sistema 1 e 2, ou, como é conhecido popularmente, a emoção e a razão, respectivamente.
Na prática, enquanto o sistema 1 diz respeito às ações movidas de maneira mais ágil, intuitiva e pela influência de emoções, o sistema 2 refere-se, justamente, ao oposto disso: ele é lento, sequencial, lógico e baseado em regras e cálculos mais conscientes. No entanto, não se engane: não existe quem tenha um sistema mais influente que o outro, pois o fato é que a predominância de cada um será comandada a partir de diferentes situações.
Decisões econômicas
Por fim, mas não menos importante, o executivo Giovanni Cataldi Neto menciona que o Marketing, certamente, se beneficia da economia comportamental para realizar a venda dos mais variados produtos e serviços. Isso é ótimo, claramente, pois assim é possível aliar diversas estratégias a fim de alcançar determinado objetivo.
Por outro lado, entretanto, para um indivíduo isso deve ser motivo de alerta, especialmente àqueles que passam por situações nas quais o sistema 1 é mais influente. O fato é que, para não se endividar ou fazer compras irracionais, de maneira a estimular o consumismo, um comprador deve ter, assim como o Marketing, suas estratégias, a fim de não se convencer facilmente.