Mesmo com tantos avanços e mais produção, o descanso e a qualidade de vida ainda não são contemplados com a tecnologia
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A tecnologia criou muitas facilidades nas nossas vidas e poderia nos proporcionar mais tranquilidade ou menos esforços no trabalho. Mas, não é bem assim que as coisas funcionam.
Mesmo com tantos benefícios, vale lembrar que o homem sempre buscou uma ferramenta para fazer mais com menos, gerando a produtividade. Apesar disso, com ou sem tecnologia, o objetivo é sempre produzir mais e não trabalhar menos.
O especialista em Tecnologia e Inovação e colunista da Novabrasil, Fernando Barra, destaca que o filósofo Zygmunt Balman diz que “vivemos numa sociedade em que a acumulação de bens materiais e o consumo são incessantes”. Com isso, a eficiência e a produtividade estão sempre melhorando, mas a demanda por novos produtos e serviços é cada vez maior. Assim, na ânsia de atender todos, ficamos “escravos” dessa tecnologia e, muitas vezes, levamos trabalho para casa.
A consultoria Mckinsey apontou em estudo que, até 2030, a Inteligência Artificial vai permitir um aumento de produtividade de 70% na maioria das atividades. Para Barra, “isso pode ser muito bom, mas, ao mesmo tempo, pode ser péssimo para qualidade de vida. Se não aprendermos a respeitar nosso tempo, poderemos ser consumidos por algo que produz muito, mas não conseguimos descansar”. É um paradoxo, mas a produtividade maior não permite um descanso.
Num cenário como esse, o equilíbrio será fundamental. É uma dosagem de equilíbrio individual e que também dever ser buscado pelas empresas. Afinal, o colaborador pode ter uma estafa ou um burnout e prejudicar o desempenho no trabalho.