Nosso dia a dia é todo conectado. Começa com o celular, que não sai das nossas mãos. E é exatamente ele que nos torna praticamente parte do ecossistema de internet das coisas.
É isso mesmo: graças ao smartphone, estamos o tempo todo online e podemos ser considerados um item de internet das coisas. Afinal, ela permite a conexão de itens que antes não faziam necessariamente parte desse universo. Isso inclui nós, seres humanos.
Outros equipamentos também entram nesse contexto. Pode incluir aí, por exemplo, as assistentes digitais. Basta lembrar que, quando os eletroeletrônicos são conectados à Alexa ou ao Google Assistente, é possível ter acesso a eles pelo celular.
E o seu carro? Já parou para pensar que ele também está conectado? Se ele não for originalmente preparado para isso, vai precisar que haja um smartphone lá dentro, mas é exatamente como nós, que estamos conectados porque carregamos o celular para todos os lados.
É justamente aí que está a beleza do conceito de internet das coisas. Além de ser bastante simples, ele permite que até mesmo dispositivos que não foram desenvolvidos para serem conectados façam parte de uma rede ao lado aqueles que já são preparados para isso.
Isso inclui eletrônicos, como lâmpadas, câmeras de vigilância, televisores, geladeiras e máquinas de lavar, mas engloba também itens totalmente offline, como cortinas e armários de cozinha. No futuro, tudo isso vai fazer parte de um único ecossistema que vai deixar nossas vidas mais confortáveis.
Uma pesquisa recente da Avast analisou 8,6 milhões de dispositivos no Brasil e identificou que 9,7% deles eram de internet das coisas. O estudo considera que qualquer dispositivo que esteja conectado à rede e responda a sinais é um item de internet das coisas.
Se, por um lado, o sentimento de que estamos sendo vigiados pode ficar mais intenso com a internet das coisas, por outro, a comodidade trazida por ela vai ser bem-vinda. Que tal chegar em casa e ter um ambiente preparado com sua temperatura preferida? Ou acordar lentamente de acordo com as fases do seu sono? E, quem sabe, ver a cortina se abrir automaticamente quando houver um nascer do sol incrível lá fora? Tudo isso vai ser possível com a internet das coisas.
Muita gente ligada em tecnologia já compra produtos com Wi-Fi e sensores especiais para conectar os elementos que não têm inteligência. Isso ainda é um pouco caro, mas é provável que, em pouco tempo, a maioria dos produtos venha habilitada e os preços caiam.
Vale lembrar que a internet das coisas vai muito além dos triviais usos domésticos. Ela já está nas ruas, por exemplo. Entre as ferramentas mais usadas atualmente estão os aplicativos de mobilidade urbana. Esses sistemas aproveitam os participantes do trânsito para oferecer informações atualizadas a todos os interessados. Isso só é possível porque esses participantes do trânsito são carros, que transportam motoristas equipados com smartphones.
Essa não é, claro, a estrutura ideal. Para que a internet das coisas seja de fato fluida, é necessário que haja uma rede muito mais ampla. É o que vai permitir, no futuro, que os carros autônomos trafeguem em segurança. E que cirurgias, até mesmo as mais complexas, sejam feitas a distância.
Os especialistas dizem que, em cinco anos, a internet das coisas deve estar massificada e ao alcance de todo mundo. Por aqui, vamos acompanhar essa movimentação e ver se isso se torna realidade.