A educação do século XXI não se constrói apenas com livros e salas de aula, mas também com dados, tecnologia e boas práticas de gestão, como expõe Sergio Bento de Araujo, empresário especialista em educação. A chamada governança digital vem transformando a forma como as instituições educacionais planejam, executam e avaliam suas ações, criando sistemas mais transparentes, integrados e participativos. Essa transformação representa o elo entre a inovação tecnológica e a cidadania educativa, fortalecendo a confiança entre escolas, professores e sociedade.
Venha conhecer os conceitos de governança dentro do ambiente escolar e como são implementadas as inovações para escolas!
O que é governança digital na educação
Governança digital significa aplicar os princípios de gestão inteligente e uso ético da tecnologia às políticas e práticas de ensino. Na prática, envolve o uso de sistemas digitais para planejar orçamentos, registrar dados de desempenho, otimizar matrículas, acompanhar indicadores de qualidade e facilitar o diálogo com a comunidade escolar.
Essa integração tecnológica vai além da automação administrativa. Ela promove transparência pública, melhora a eficiência dos serviços educacionais e garante que as decisões sejam baseadas em evidências, e não em suposições.
Segundo Sergio Bento de Araujo, a governança digital é o ponto de partida para uma educação mais justa e democrática, pois coloca o conhecimento e a informação ao alcance de todos.
Inovação e dados como ferramentas de gestão
Com o avanço da inteligência artificial e da análise de dados, as secretarias e instituições de ensino têm à disposição informações em tempo real sobre frequência, desempenho e evasão escolar. Esses dados permitem identificar gargalos e desenvolver políticas de apoio mais precisas.
Ferramentas como dashboards educacionais, plataformas de gestão integrada e sistemas de avaliação digital estão se tornando essenciais para gestores e professores, como comenta Sergio Bento de Araujo. Além de otimizar o trabalho administrativo, elas ajudam a criar ambientes de aprendizagem mais personalizados e eficientes.
A inovação, quando aplicada com responsabilidade, reduz desigualdades e amplia oportunidades, especialmente em redes públicas, onde o desafio da inclusão digital ainda é significativo.
Transparência e ética digital
Um dos pilares da governança digital é a transparência. A sociedade tem direito de saber como são aplicados os recursos, quais são os resultados alcançados e de que forma as políticas educacionais estão beneficiando os alunos.

Para isso, é essencial adotar sistemas de dados abertos e auditáveis, alinhados à Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) e ao Marco Civil da Internet. Essas medidas garantem que gestores públicos e instituições privadas atuem com responsabilidade e respeito à privacidade.
A ética digital também é um ponto central: professores e alunos precisam compreender o uso seguro e consciente da tecnologia, respeitando direitos autorais, proteção de dados e convivência digital saudável.
Conforme destaca Sergio Bento de Araujo, a tecnologia deve servir ao bem comum, e isso só acontece quando é guiada por princípios éticos e transparentes.
Cidadania digital e participação social
A governança digital não se limita às estruturas administrativas. Ela também tem um papel social: formar cidadãos digitais, capazes de compreender, questionar e contribuir com o mundo conectado em que vivem.
Ao integrar tecnologia à educação, cria-se um ambiente propício para o desenvolvimento do pensamento crítico, da empatia e da colaboração, competências essenciais para o futuro do trabalho e da convivência em sociedade. Escolas que adotam práticas de governança digital tendem a ser mais participativas, permitindo que pais, estudantes e professores acompanhem o processo educativo com mais clareza e voz ativa.
Caminhos para o futuro
A educação digital precisa ser planejada com propósito. A implementação de sistemas inteligentes, a capacitação docente e o fortalecimento de políticas públicas são etapas indispensáveis para que a inovação seja contínua e sustentável.
Como considera Sergio Bento de Araujo, o futuro da educação depende da capacidade de unir tecnologia, gestão e valores humanos. A governança digital é, portanto, uma ferramenta de transformação, não apenas para as escolas, mas para toda a sociedade.
Quando o dado se transforma em decisão e a informação em cidadania, o aprendizado ultrapassa os muros da escola e passa a construir um país mais ético, eficiente e preparado para o futuro.
Autor: Velman Bachhuber
